Me lembro quando o time estava começando a embalar no ano de 2013.
Depois de dois anos turbulentos era algo que eu não esperava. Na primeira
rodada eu não reconheci aquele time que tanto me fez passar raiva no segundo
semestre de 2011 e no ano inteiro de 2012. Mesmo assim eu continuei apenas
observando.
Os jogos foram se passando e o Cruzeiro melhorava a cada jogo que
passava. Passei a ficar confiante nessa mudança após a belíssima vitória por
3x0 em cima do São Paulo. O time jogava como se estivesse num ritmo de uma
história envolvente e cada vez mais surpreendente. Meu Cruzeiro havia voltado a
ser Cruzeiro.
Aquele sucesso claramente devia e foi creditado à diretoria por conta do
seu trabalho mais do que competente. Alexandre Mattos era apresentado ao mundo
da bola; Marcelo Oliveira mostrava que seu trabalho excelente no Coritiba não
era sorte de principiante; Gilvan Tavares e sua mão boa para trazer um contestado
Marcelo (por conta de sua história no Atlético) e um diretor de um time
considerado pequeno. Cada um teve uma parcela de sucesso naquele ano vitorioso.
2014 chegou e o medo de tudo aquilo ter sido passageiro me assombrava. O
Cruzeiro, com o time considerado merecidamente como ''o melhor do Brasil'',
tinha a árdua tarefa de buscar mais um título brasileiro e trazer o título
máximo que era a Libertadores, que infelizmente não veio por conta de falhas
individuais.
Só que ainda assim o Cruzeiro, no Brasileirão 2014, teve um início
semelhante ao do campeonato anterior. As peças mais importante do elenco foram
mantidas e jogadores chegaram sendo denominados como ''contratações pontuais''.
O resultado foi o mesmo. Assim como em 2013, a diretoria estava de parabéns,
mas nem todos. Alexandre Mattos competente ao máximo; Marcelo Oliveira, mesmo
errando algumas vezes, decidiu inúmeros jogos; Gilvan Tavares começava a dar
sinais do que estava por vir.
Começando por aceitar calado as exigências de Alexandre Kalil para que a
torcida atleticana entrasse no Mineirão, mesmo depois de o ex-presidente
atleticano ter claramente sacaneado na questão da carga dos ingressos
destinados a nossa torcida para o primeiro jogo. Gilvan apenas chamou Kalil de
mentiroso e ficou nisso. O sono estava batendo no presida.
2015 chegou e o mesmo medo da tal continuidade de títulos permaneceu.
Alexandre Mattos, em busca de novos projetos, acabou saindo do Cruzeiro. Por um
motivo desconhecido, Gilvan pegou a bola e disse: ''o diretor de futebol será
eu!''.
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| "O Cruzeiro tem um excelente negociador, eu" Gilvan de Pinho Tavares |
O início das decepções começou, Gilvan consultou jogadores rejeitados ou sem contrato e, num passe de
mágica, eles estavam desembarcando em Minas Gerais. Mesmo depois da saída de
Ricardo Goulart, esse que Gilvan prometeu que teria uma reposição imediata, ele
insistiu em jogadores sem nenhuma característica para susbtituir o tão querido
Goulart. Logo em seguida saíram Éverton Ribeiro e Lucas Silva. Mais reposições
a altura foram prometidas e novamente ficamos na espera.
Onde esteve Gilvan nesses momentos? No Cruzeiro, fisicamente, ele
estava. Mas e sua cabeça? Estava tirando férias em seu sítio? É inadmissível
que um presidente de um clube gigante chame a responsabilidade pra si e no
final aja como presidente de um time de pelada. O que mais escutamos são
promessas de um diretor de futebol (sic) que conseguiu mandar embora o melhor
treinador do país.
Enquanto tivermos uma diretoria agindo com amadorismo, não iremos a
lugar algum. Diretoria que me lembra minha infância quando eu tirava notas ruins,
pois sempre prometia ao meu pai: ''vou estudar e melhorar''. Meu pai deve estar
esperando até hoje que eu estude e melhore. Nós, cruzeirenses apaixonados e
agora impacientes, esperamos que Gilvan acorde de seu sono eterno e volte para
a realidade sofrível que estamos vivendo.
Nada contra Gilvan, pois deve ser um senhor de respeito em sua família.
Porém, como presidente, ele não está respeitando a instituição cruzeirense. Um
time tão profissional nos últimos dois anos não pode se tornar amador de uma hora
pra outra. Meça suas atitudes, Gilvan!
Por Antônio Ribeiro ou CruzeiroRibeiro
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