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CONTOS ESTRELADOS: Cláudia Nunes (DEX)

A série Contos Estrelados, tem como objetivo mostrar diferentes histórias de Cruzeirenses. Cruzeirenses de berço e até mesmo que se tornaram "azuis" durantes a vida. As histórias contadas, mostram que o sentimento, envolvendo CRUZEIRO, é imenso, o verdadeiro TIME DO POVO!

Cláudia Nunes de Oliveira (DEX), de 32 anos conta um pouco de seu amor pelo Cruzeiro.

Cruzeirense é bicho doido!
Meu avô dizia isso na minha infância e acho que ele nem imaginava o quanto isso faria sentido na minha vida nos dias de hoje.

Foto: Arquivo Pessoal
De pequena, os primos sempre foram maioria e desde bem novos, meus tios faziam questão de leva-los ao estádio como se fossem uma recompensa por terem escolhido o time do coração. As meninas como eu que brincavam de bonecas, mas também apreciavam por longas tardes a pelada dos meninos no final da rua Juacema, ficavam mesmo só imaginando o grande dia que um dia iriamos. Eram tempos machistas demais, mas eu me virava como podia pra me adaptar e fui por muitos anos a melhor goleira do colégio no time de futebol, buscando assim compensar o desejo de partilhar esses momentos que não me eram ofertados.

Lembro das camisas de um primo meu. A família dele tinha mais condições na época, ele sempre tinha a nova do momento. Meu sonho era ter um conjunto completo com calça e agasalho. Moral da historia: minha primeira camisa oficial tenho ate hoje. Por sorte nem todos pensavam igual o meu avô e a grande maioria dos pais. Tinha no meio da rua uma casa de um casal de velhinhos: Os Narciso. O homem era de um coração gigante e todo domingo ia sem faltar aos jogos. Era ele quem levou a todos, inclusive meu avô, pois eram amigos de anos.

Foto: Arquivo Pessoal

Minha primeira ida não me lembro o dia, nem ao ano e não tenho fotos, porque não eram tempos como os de hoje. Mas consigo visualizar a emoção daquele dia ate hoje. Eram barraquinhas de comidas por todos os lados na esplanada, era uma confusão de gente pra todo lado, pai com filho no ombro, crianças correndo, pessoa sorrindo. Aquele portão 6 transbordava de gente. Era Cruzeiro e Palmeiras. Lembro posteriormente de um clássico, tenso, a cavalaria passando, pondo a gente pra dentro e meus olhos esbugalhados, esmagada como uma sardinha. O coração quase saia pela boca. Estar dentro daquele estádio gigante e ver a torcida gritando, louca, feroz deixava o brilho nos olhos de qualquer criança. 

Foto: Arquivo Pessoal
Fui honrada em ver grandes ídolos jogarem. Sou do tempo do Ronaldinho antes de ser o fenômeno, do Palinha, do Dida o melhor goleiro que já vi, me fez chorar varias vezes. Hoje o Cruzeiro me deu um família de amigos. Meu avô não é mais vivo e se fosse iria comigo em todos os jogos pra me chamar de bicho doido. Na Arena do Jacaré, eu estive naquele histórico 6 x 1. Entrei foi o primeiro gol e depois fiquei tão desorientada que já não sabia se chorava ou comemorava. Resumo, voltei louca e sem voz. Hoje vou em todos os jogos no Mineirão. Conheci estádios e tive viagens incríveis seguindo o time. Hoje vivo o Cruzeiro como amor e lazer. Fiz grandes amigos, irmãos eu diria, que irei levar pra vida toda. Já nem sei mais quantas camisas tenho. Seguir o Cruzeiro já faz parte do calendário anual. 

O amor a ele está no sangue e pra todas as gerações minhas que vierem.
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4 comentários :

  1. Amiga irmã que o cruzeiro me deu! Te amo!!!!

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  2. Amiga irmã que o cruzeiro me deu! Te amo!!!!

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  3. que lindo!!! sou atleticana mas confesso que me rendi ao seu brilho no olhar que por sinal tem a cir azul! Lindo texto!

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  4. que lindo!!! sou atleticana mas confesso que me rendi ao seu brilho no olhar que por sinal tem a cir azul! Lindo texto!

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