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CONTOS ESTRELADOS: Rodrigo Genta

A série Contos Estrelados, tem como objetivo mostrar diferentes histórias de Cruzeirenses. Cruzeirenses de berço e até mesmo que se tornaram "azuis" durantes a vida. As histórias contadas, mostram que o sentimento, envolvendo CRUZEIRO, é imenso, o verdadeiro TIME DO POVO!

Rodrigo Genta, conta uma história "maluca" e um pouco, de onde começou seu grande amor pelo Cruzeiro.



Foto: Arquivo Pessoal
Me chamo Rodrigo Genta, sou graduado em comunicação, curso Produção Editorial, atuo no jornalismo esportivo a uns 10 anos, trabalhei no Cruzeiro por 5 anos, sou pai da Ana Luiza, uma menina linda de 12 anos, atualmente sou editor chefe do programa esportivo Os Donos da Bola e SOU CRUZEIRENSE e é assim mesmo, em caixa alta, daqueles fervorosos e apaixonado.

Minha história de paixão com Cruzeiro começou no berço. Meu avô, que é o meu herói, era um Cruzeirense daqueles, assim como o meu pai. O Cruzeiro está no meu DNA, na minha essência.

Não tenho história para contar da primeira vez que fui ao campo, eu era muito novo, tinha 6 anos, foi no ano de 1982. Não tenho memórias de quem era o adversário ou de quanto ficou jogo. Mas meu avô fez questão de guardar o canhoto do ingresso, para me mostrar que, mesmo tendo pouca idade, eu já era um frequentador do Mineirão e um torcedor do Cruzeiro. Obrigado meu veio, ainda vamos nos encontrar.

Então passei a frequentar o Mineirão de forma assídua, nada era melhor do que torcer para o Cruzeiro. Aí veio o ano de 1984, dia 5 de dezembro, final do Campeonato Mineiro, jogo de ida. Cruzeiro contra o rival local. Me lembro como se fosse ontem. Acordei cedo, coloquei meu uniforme, completo, diga-se de passagem, e comecei a encher o saco do meu pai para irmos ao jogo. Minha família estava preocupada, era uma final, jogo tenso, eu tinha apenas 8 anos. Arrumei uma choradeira daquelas, meu avô deu a palavra final: -Leva esse menino, se não ele morre.

Como a decisão de ir ou não ao estádio demorou a sair, eu e meu pai saímos um pouco tarde de casa, foi uma "merda". Agarramos no transito, com muito custo conseguimos chegar ao Mineirão e aí que começaram os problemas.

Foto: Arquivo Pessoal
Nessa época o clássico ainda comportava duas torcidas e o lado do Cruzeiro estava abarrotado, tinha uma multidão do lado de fora tentando entrar para ver o jogo. Eu e meu pai andamos de um lado para o outro e tudo lotado, o jogo começou e aí me bateu aquele desespero, eu pensava:  -Vou perder o jogo. Foi quando meu pai teve uma brilhante ideia.

Fomos parar na entrada da torcida do rival, la as coisas estavam mais calmas, dava para entrar, mas só tinha um problema... Eu estava dos pés a cabeça de Cruzeiro. Meu pai que já estava de saco cheio de andar e de ouvir minhas lamentações, se essa era a solução, assim seria e lá foi eu ele. Finalmente estávamos dentro do estádio e claro, deu merda.

Não demorou muito e a torcida adversária viu um gordinho, todo de Cruzeiro, transitando em território hostil. Aí começaram os elogios: - Mata esse Cruzeirense! 
E mais coisas que não julgo necessário expor, vocês já devem imaginar o que eu e meu pai ouvimos. Quando parecia que realmente iria dar algo errado, tipo tomar umas porradas, uns policiais nos avistaram e mais do que depressa nos passaram para o lado bom, o lado da torcida do Cruzeiro.

Corremos para arquibancada, nos ajeitamos do jeito que dava e vimos o Cruzeiro detonar o adversário, 4 a 0. Foi de lavar a alma. Eu fiquei louco, completamente maluco. Cantava, gritava e xingava (inclusive os palavrões que falo hoje, foram aprendidos dentro do Mineirão). Foi uma tarde mágica, emocionante e vitoriosa. A volta para casa foi aos berros, eu gritava feito um louco: - É campeão! O Cruzeiro ainda não tinha conquistado o título, faltava o segundo jogo, mas para mim... A amigo, o Cruzeiro já era o Campeão.


Foi um dia tão marcante, vivido de forma tão intensa que parece que isso tudo aconteceu ontem. 
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