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Horizonte Azul e Branco: A vez do Povo carregar o Time!




Olá amigos.

Um dos temas da última semana voltou a ser a divisão das cotas de televisão para os próximos três anos (2016/17/18). O contrato absurdo, assinado bem antes do vencimento deste que ainda vigora, aumentou o abismo entre o Cruzeiro (R$ 60 milhões/ano) para os líderes de arrecadação (R$ 170 milhões/ano).

Nesta conta não entra a divisão do pay-per-view, também alvo de críticas por seu levantamento estatístico ultrapassado, cujo rateio mínimo de 2014 (último divulgado), rendeu ao clube celeste aproximadamente R$ 24,5 milhões. Somado esses valores, a diferença para o líder de arrecadação – Flamengo – gira em torno de R$ 131 milhões.

O que fazer então para evitar que este disparate condene o Cruzeiro a brigar por mixarias no próximo triênio?

O que fazer para continuar conquistando títulos? (Foto: Gustavo Andrade)

“Seje” sócio.
Uma das maiores fontes de receita do Cruzeiro, o programa de Sócio do Futebol representou para o clube aproximadamente R$ 40 milhões em 2014. Isso significa que entre os quase R$ 220 milhões gerados em receita no ano, o sócio equivale a quase 1/5 do montante.

Somado à receita com bilheteria e premiações advindas dos títulos conquistados, a proporção é de 38,44% das receitas, superior aos 29,72% obtidos da renda de televisão.

Pode-se observar que resta à torcida equilibrar a balança tendenciosa da transmissora dos jogos e até por isso, nos últimos dias, a diretoria reclassificou os valores dos planos, que possivelmente vigorarão para o próximo ano.

Se você ainda não viu os novos planos:

Planos de Sócio do Futebol: Escolha o melhor pra você (Imagem: Divulgação)

Dentre estes planos, o com maior representatividade é o Cruzeiro Sempre, com cerca de 70% dos sócios afiliados a essa modalidade. Significa que, dos 72.795 membros do cartão fidelidade celeste (contabilizados até o dia 23/11), aproximadamente 51 mil pessoas fazem parte desta categoria.

A meta da maioria dos clubes brasileiros é alcançar o índice Benfica. Mas o que é esse tal índice Benfica? Quer dizer que a pretensão é que a receita gerada pelos sócios torcedores banque 100% dos gastos da agremiação com futebol, ou seja, alcançar 4% do número total de torcedores convertidos ao plano de fidelidade.

Isso representaria, para o Cruzeiro Esporte Clube, aproximadamente 360 mil sócios, ou crescer seu número atual em cinco vezes. Nos valores em voga, renderia para o futebol a bagatela de R$ 200 milhões/ano (€$ 50,5 milhões/ano).

É lógico, este é um exercício que supõe uma associação em massa da torcida, e por mais que o programa do clube seja considerado por muitos o melhor do país, é improvável que se alcance este número em pouco tempo.

O próprio Benfica, exemplo por sua estratégia de marketing agressiva, iniciou a campanha de expansão do programa em 2004 – com quase 95 mil associados. Só em 2014 (segundo a FIFA) alcançou os 235 mil sócios, que o validou com o título de “Maior Clube do Mundo”.

Estratégias Inteligentes
A criação do novo plano “Time do Povo” é a tentativa de alcançar um nicho de mercado relutante em participar anteriormente. Para torcedores do interior (e outros estados do Brasil), havia dificuldades em pagar R$ 30/mês, sem saber se (ou quando) iria assistir o time no Mineirão.

Agora, com valores menores, cabe ao departamento de marketing fomentar parcerias que garantam ao associado benefícios de contribuir mensalmente com o clube, ainda que não esteja presente aos jogos. Os planos de desconto da AmBev, SKY e outros parceiros do “Movimento por um Futebol Melhor”, precisam estar acessíveis aos membros do programa do interior.

Há alguns anos falou-se em uma categoria de “Super Sócios”, torcedores mais “abastados” e com disponibilidade de investir no clube. Não se tem noticias se o projeto andou, se foi colocado em segundo plano, ou ainda descartado. Mas é uma cota interessante, mesmo que denote certa exclusividade.

Por fim, sobre as categorias que miram o torcedor estrangeiro ou vivendo no exterior, é preciso que sejam criadas vantagens mais interessantes para estes associados, que muito dificilmente conseguirão assistir a um jogo ou treinamento da equipe no Brasil. Valores em euros também seriam interessantes.

Atitudes Inteligentes
Não basta só ter um quadro de associados gigantesco, se nos momentos mais importantes a torcida não comparecer. Por isso, é importante parabenizar aos diretores, que perceberam que a presença dos adeptos era fundamental para a recuperação da equipe.

E não é só bom futebol que atrai o público. Já falei em colunas anteriores que todos gostam de ganhar, mas a torcida do Cruzeiro demonstrou que vai assistir aos jogos porque ama o clube. Porque quer assistir. E também, é claro, porque é barato. Após os novos preços, a média de público do time praticamente dobrou e, consequentemente, a renda nas bilheterias, por mais que o preço dos ingressos fosse menor, também aumentou.

Em algum momento, numa possível (e provável) retomada gloriosa, certos jogos terão aumento no valor dos tickets. É a lei do mercado, da oferta e procura, que determinará em quais jogos acontecerão isso.

Porém, é pedido da nação estrelada que a diretoria se esforce e mantenha estes valores para a média dos jogos da próxima temporada,  até mesmo que realize promoções interessantes aos sócios cativos, como entrada gratuita para crianças até 12 anos e idosos (naquele jogo contra o lanterninha do rural).

Nós queremos você!
Por fim, não basta somente a ação da diretoria, caso os torcedores cruzem os braços. Com os novos planos de adesão é fundamental aos membros da China Azul abraçar a meta da autossuficiência.

Precisamos do SEU apoio. (Imagem: Divulgação)
Quem sabe assim podemos bater de frente com os líderes de arrecadação sem comprometer as contas, e provar de uma vez por todas que a liga brasileira não é composta apenas por paulistas e cariocas.

Vamos lá Nação, agora depende de cada um fazer sua parte. 

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