O Cruzeiro estreou no Campeonato Mineiro no Mineirão contra a equipe da URT da cidade Patos de Minas, em jogo válido pela primeira rodada da competição estadual. O torcedor cruzeirense teve a oportunidade de ver em ação, a equipe comandada pelo treinador Deivid em um jogo oficial nesse ano de 2016. Em um jogo truncado e de poucas chances claras de gol pra ambos os times, a partida não saiu do zero no marcador, o que acabou sendo um resultado interessante para o time visitante que visivelmente jogou pelo propósito do empate.
O primeiro tempo começou em modo "camera lenta". O Cruzeiro se posicionava como o time que ditaria todo o ritmo de jogo. Com a posse de bola, a equipe celeste tinha o controle das ações da partida, mas não atacava a URT, que sabiamente, se posicionava atrás da linha da bola. Até os quinze primeiros minutos de jogo, o time da casa trocava inúmeros passes improdutivos, sem o objetivo de agredir a defesa adversária, enquanto o rival jogava de maneira compactada, e jogando pela proposta de conseguir um contra ataque.
Dos vinte minutos em diante, mesmo que timidamente, o Cruzeiro imprimia certa velocidade no ataque e tentava se desvencilhar da forte marcação da equipe de Patos de Minas. Alguns jogadores começaram a se destacar, casos de Ariel Cabral, Marcos Vinicius e William que se movimentavam pelo lado esquerdo do ataque cruzeirense. Mas a dificuldade em atacar o time adversário continuava nítida, pois as jogadas de ataque dos donos da casa não eram suficientes para infiltrar na boa defesa da URT. Nesse momento, a equipe tentava erroneamente, e sem sucesso, centralizar suas ações ofensivas pelo meio.
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Os lances de perigo do Cruzeiro no primeiro tempo foram de bola parada. Ora em lances de escanteios, onde Manoel teve boa chance de marcar de cabeça aos 25 minutos, e duas boas chances que o William teve. Anteriormente, aos 21 minutos em um cruzamento do Mayke pela direita, o dono da camisa 9 cabeceou em cima do goleiro e perdeu boa chance de abrir o placar. Aos 29 minutos, William em boa cobrança de falta, quase abre o marcador, mas a bola caprichosamente bateu na trave. Alguns lances esporádicos aconteceram até o término do primeiro tempo, mas nada que oferecesse perigo a equipe visitante.
O segundo tempo começou com o Cruzeiro com uma transição defesa e ataque de mais velocidade. Assim como na primeira etapa, o time tinha a posse de bola, e sem ela marcava pressão, o que foi mais perceptível de se notar nos 45 minutos finais. A outra diferença foi a proposta em acionar as laterais, e não centralizar o jogo, como foi feito no tempo anterior. E logo aos 9 minutos, Alisson teve a chance de marcar de cabeça, mas mais uma vez, o ataque cruzeirense esbarrou na trave.
Logo após esse lance, o zagueiro Dedé teve a chance de marcar após uma cobrança de escanteio, e cabeceou para fora. William aos 14 minutos também teve boa chance em marcar, mas chutou em diagonal e para fora. Aos 19 minutos, Deivid em ato de ousadia fez três substituições de uma só vez. Trocou o apagado Arrascaeta pelo Gabriel Xavier, substituiu Alissson que fez partida razoável pelo Sanchez Miño, e também substituiu o William que foi participativo, pelo Douglas Coutinho.
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Gabriel Xavier jogou como armador centralizado, Coutinho centralizado no ataque, e Miño mais aberto pela esquerda. O Cruzeiro viveu alguns bons momentos, como aos 25 minutos em uma boa tabela entre Ariel Cabral e Gabriel Xavier, onde o armador finalizou com perigo. O lance gerou escanteio, e Dedé mais uma vez teve chance de marcar de cabeça, mas não o fez. Aos 33 minutos, Gabriel tentou uma assistencia para o Sanchez Miño na pequena área, também sem sucesso.
Das trocas do técnico Deivid, o Gabriel Xavier deu uma movimentação maior ao meio. O Douglas Coutinho pouco produziu, e o argentino Sanchez trocava de posição com o lateral Fabrício que começou a jogar por dentro. E por aquele lado, saia algumas boas tentativas. Sanchez Miño ao que parece tem bom cruzamento, e por ali tentou algo. Já a URT,com o passar dos minutos, passou a administrar o jogo, ora com faltas, ora com substituições de minuto a minuto, e com alguns lances esporádicos de contra ataque. A última boa chance do Cruzeiro em vencer a partida foi com o Ariel Cabral aos 42 minutos, em boa tabela com o Miño pela esquerda. O volante argentino em uma boa finalização obrigou o goleiro da URT a praticar uma boa defesa.
Os destaques do jogo ficam pela proposta do Cruzeiro em comandar e controlar as ações do jogo. Boas peças como Ariel Cabral, Marcos Vinicius, Dedé e William foram regulares. O destaque negativo vai para o problema da transição rápida para o ataque que precisa ser revisto. Em muitos momentos, o time foi sonolento e pouco vibrante, além de alguns jogadores não atuarem bem, como Mayke, Henrique, Arrascaeta dentre outros. E claro, não da pra esquecer do destempero do lateral Fabricio, que quase foi expulso da partida com apenas 8 minutos de jogo, em plena estréia de Campeonato Mineiro contra um time do interior. Em suma, o Cruzeiro não empolgou, não correu grandes riscos, mas também não ofereceu grandes riscos a URT. E aí está a grande questão a ser resolvida pelo jovem Deivid. Fazer o Cruzeiro além de controlador das açoes, ser mais incisivo no jogo.
Abraços
CRUZEIRO ESPORTE CLUBE, O TIME DO POVO 1921.
DO BARRO PRETO PARA O MUNDO.
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