Desde o momento em que passei a acompanhar o futebol, e por consequência adotei um time de coração, tive a sorte de casar minhas emoções com uma das maiores referências do mundo quando se trata do esporte.
Escrever sobre o Cruzeiro Esporte Clube, que faz aniversário neste dia 02 de Janeiro, obriga a repassar alguns eventos da história – que moldaram os alicerces da instituição.
UM OLHAR SOBRE O PASSADO
Fundado por desportistas da colônia italiana, com o nome de Societá Sportiva Palestra Itália, a organização surgiu como representante da classe trabalhadora de Belo Horizonte (diretamente ligada aos descendentes italianos).
Apenas quatro meses depois, as primeiras partidas e vitórias. Comprovando o que todo o cruzeirense sabe: desde o berço nascemos para vencer.
A abertura das portas do clube aos jogadores sem origem italiana veio coroada com o primeiro título em 1926. Foi um campeonato mineiro realizado por dissidentes da então Liga Mineira de Desportos Terrestres. Tendo em conta que, historicamente, os desmandos da Federação Mineira contra o clube do Barro Preto sempre foram tomados sem qualquer preceito de justiça.
O tricampeonato no final da década de fundação foram os primeiros títulos, outra conquista somente em 1940 na última partida com o nome de Palestra Itália. A próxima fase positiva só viria depois de adotar o nome consagrado mundialmente, haja vista que por decreto presidencial as referências à pátria mãe foram consideradas criminosas.
Durante a formação desta nova identidade, uma crise financeira assolou o clube, sendo revertida quando a ala jovem ganhou força no conselho deliberativo à época. Iniciou-se a construção da sede social e a recomposição econômica.
Foi o que propiciou a Felício Brandi iniciar a era de ouro, nos anos 60 e 70, primeiramente revelando ao Brasil que havia futebol além das fronteiras do Rio de Janeiro e de São Paulo. Depois mostrando ao mundo inteiro um estilo de jogo único, característico, que imprimiu o DNA em uma Nação que crescia exponencialmente.
A escassez de grandes títulos na década de oitenta não matou a vontade de conquistas cruzeirenses, pelo contrário, alimentou uma fome de taças que provocou uma segunda era de ouro, nos anos 90 até o início do novo século, coroada com o perfeito ano de 2003.
Outros 10 anos foram precisos, com tentativas frustrantes e derrotas que deixaram cicatrizes profundas. Então uma nova força, um novo esquadrão apareceu para elevar as cinco estrelas ao ápice do futebol nacional e escrever mais uma página imortal na história do futebol brasileiro.
INSPIRAÇÕES PARA O FUTURO
A história do futebol é cíclica. É preciso entender os elementos que fomentaram a sede de conquistas celestes, como alguns fatores supracitados.
O Cruzeiro sempre foi um clube à frente de seu tempo, pioneiro na construção do centro de treinamentos e da utilização de um departamento médico. Quando precisou, contou com o apoio de sua ala jovem, que propôs soluções inovadoras. Hoje, depois de um ano turbulento, as decisões da presidência ao fim dão suporte de que uma nova era pode surgir dentro da instituição.
Há indícios de que nasce uma postura profissional dentro dos muros da Toca, desde a composição de uma comissão técnica fixa, aos processos de mapeamento dos jogadores alvos do clube. Tudo passa por um processo minucioso de profissionalização.
Sem falar nos preceitos táticos e técnicos do jogo em si. O Cruzeiro encerrou o ano de 2015 com uma forma de jogo que relembra os melhores momentos da história. A velha máxima, “rápido e rasteiro como o ataque do Cruzeiro”. As contratações já anunciadas, assim como as especulações, só transparecem que este estilo de jogo – presente no DNA celeste – permanecerá em voga.
São 95 anos de história, quase sempre lutando contra a tendência midiática de se valorizar o eixo Rio – São Paulo em detrimento do que acontece em outros estados do país. A importância do Cruzeiro para o futebol brasileiro é imensurável.
E o sentimento que deveria ser valorizado por quem comanda o esporte no país, parece ter sido transformado em desprezo, um sentimento de nojo, por este clube, oriundo das classes trabalhadoras de Belo Horizonte, representar resistência à ideologia dominante que advêm daqueles estados.
PARABÉNS CRUZEIRO! PARABÉNS NAÇÃO CELESTE! 95 ANOS DE GLÓRIAS!
Escrever sobre o Cruzeiro Esporte Clube, que faz aniversário neste dia 02 de Janeiro, obriga a repassar alguns eventos da história – que moldaram os alicerces da instituição.
UM OLHAR SOBRE O PASSADO
Fundado por desportistas da colônia italiana, com o nome de Societá Sportiva Palestra Itália, a organização surgiu como representante da classe trabalhadora de Belo Horizonte (diretamente ligada aos descendentes italianos).
Apenas quatro meses depois, as primeiras partidas e vitórias. Comprovando o que todo o cruzeirense sabe: desde o berço nascemos para vencer.
A abertura das portas do clube aos jogadores sem origem italiana veio coroada com o primeiro título em 1926. Foi um campeonato mineiro realizado por dissidentes da então Liga Mineira de Desportos Terrestres. Tendo em conta que, historicamente, os desmandos da Federação Mineira contra o clube do Barro Preto sempre foram tomados sem qualquer preceito de justiça.

Durante a formação desta nova identidade, uma crise financeira assolou o clube, sendo revertida quando a ala jovem ganhou força no conselho deliberativo à época. Iniciou-se a construção da sede social e a recomposição econômica.
Foi o que propiciou a Felício Brandi iniciar a era de ouro, nos anos 60 e 70, primeiramente revelando ao Brasil que havia futebol além das fronteiras do Rio de Janeiro e de São Paulo. Depois mostrando ao mundo inteiro um estilo de jogo único, característico, que imprimiu o DNA em uma Nação que crescia exponencialmente.
A escassez de grandes títulos na década de oitenta não matou a vontade de conquistas cruzeirenses, pelo contrário, alimentou uma fome de taças que provocou uma segunda era de ouro, nos anos 90 até o início do novo século, coroada com o perfeito ano de 2003.
Outros 10 anos foram precisos, com tentativas frustrantes e derrotas que deixaram cicatrizes profundas. Então uma nova força, um novo esquadrão apareceu para elevar as cinco estrelas ao ápice do futebol nacional e escrever mais uma página imortal na história do futebol brasileiro.
INSPIRAÇÕES PARA O FUTURO
A história do futebol é cíclica. É preciso entender os elementos que fomentaram a sede de conquistas celestes, como alguns fatores supracitados.
O Cruzeiro sempre foi um clube à frente de seu tempo, pioneiro na construção do centro de treinamentos e da utilização de um departamento médico. Quando precisou, contou com o apoio de sua ala jovem, que propôs soluções inovadoras. Hoje, depois de um ano turbulento, as decisões da presidência ao fim dão suporte de que uma nova era pode surgir dentro da instituição.
Há indícios de que nasce uma postura profissional dentro dos muros da Toca, desde a composição de uma comissão técnica fixa, aos processos de mapeamento dos jogadores alvos do clube. Tudo passa por um processo minucioso de profissionalização.
Sem falar nos preceitos táticos e técnicos do jogo em si. O Cruzeiro encerrou o ano de 2015 com uma forma de jogo que relembra os melhores momentos da história. A velha máxima, “rápido e rasteiro como o ataque do Cruzeiro”. As contratações já anunciadas, assim como as especulações, só transparecem que este estilo de jogo – presente no DNA celeste – permanecerá em voga.
São 95 anos de história, quase sempre lutando contra a tendência midiática de se valorizar o eixo Rio – São Paulo em detrimento do que acontece em outros estados do país. A importância do Cruzeiro para o futebol brasileiro é imensurável.
E o sentimento que deveria ser valorizado por quem comanda o esporte no país, parece ter sido transformado em desprezo, um sentimento de nojo, por este clube, oriundo das classes trabalhadoras de Belo Horizonte, representar resistência à ideologia dominante que advêm daqueles estados.
PARABÉNS CRUZEIRO! PARABÉNS NAÇÃO CELESTE! 95 ANOS DE GLÓRIAS!
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