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Acertos e Erros, filhos do mesmo Presidente

ACERTOS E ERROS MARCAM A GESTÃO DE GILVAN



Há muitas explicações para a má campanha do Cruzeiro neste ano. Uma delas é a falta de planejamento e coerência da diretoria, que na sua maior responsabilidade é atribuída ao atual Presidente, e bicampeão brasileiro, Gilvan de Pinho Tavares.

No começo de 2012, o atual Presidente que hoje é contestado, anunciava a contratação do diretor de futebol Alexandre Matos, que estava a frente do futebol do América-MG. O diretor Alexandre “Mittos”, como ficou conhecido pela torcida Cruzeirense, vinha para substituir Dimas Fonseca, que contava com a maciça insatisfação da torcida e dos conselheiros do Clube.

Poucos meses depois, em dezembro daquele mesmo ano, era anunciada a contratação de Marcelo Oliveira, que vinha para substituir o rejeitado, retranqueiro e emburrado Celso Roth. Marcelo chegou sobre forte desconfiança da torcida, a qual chegou a se manifestar duramente contra a sua contratação, não por seus resultados obtidos nos Clubes anteriores, mas por seu passado no arquirrival.

Aparentando muita convicção, Gilvan Tavares assumia a responsabilidade, bancava e dava poderes ao novo diretor de futebol e ao novo treinador. Consequentemente, várias novas contratações eram anunciadas na Toca da Raposa, jogadores como Nilton, Bruno Rodrigo, Egídio, Dagoberto, Everton Ribeiro, Goulart, dentre outros, chegavam para formar a base do time que, de forma memorável, conquistaria o Brasil por duas vezes consecutivas.

Após dois anos gloriosos, o relacionamento entre o Presidente e o Diretor de Futebol começava a apresentar seus desgastes. Segundo parte da imprensa, vários conselheiros, dirigentes e funcionários do Clube, o choque entre a visão mais ambiciosa e por um time competitivo, planejado por Alexandre Matos, chocava com um pensamento mais realista com base no lado financeiro, defendido pelo Presidente Gilvan de Pinho Tavares.

Presidente Gilvan.
(Foto: Globo Esporte)

Foi com essa convicção, que Gilvan terminou um ano e começou o outro. Abriu caminho para Mattos buscar novos mercados fora do Cruzeiro e apostou em um planejamento pífio para 2015, sem um diretor de futebol e uma concreta ambição. Em tempos de crise no futebol brasileiro, a falta de patrocínio máster refletiu no elenco e foi inevitável a permanência dos nossos principais jogadores, pior ainda, foi a forma desastrosa dos jogadores contratados como figura de recomposição.

Após eliminações vexatórias na semifinal do Campeonato Mineiro e nas quartas de final da Copa Libertadores, foi a vez da corda arrebentar para o lado do treinador bicampeão brasileiro Marcelo Oliveira. Era o fim do trabalho vitorioso de um comandante antes contestado, mas que hoje é amplamente respeitado.

Sócio do Cruzeiro desde os 11 anos, ex-atleta e advogado do Clube, o Presidente Gilvan de Pinho Tavares é inquestionavelmente um dos maiores responsáveis pela conquista do Bicampeonato Brasileiro, apostou em um diretor de futebol que até então não havia trabalhado em um Clube de PRIMEIRA divisão e peitou toda a torcida quando cravou e apostou no trabalho do Marcelo Oliveira. Em contra partida, é hoje também, inquestionavelmente um dos maiores responsáveis pela desmanche de um elenco vitorioso, pela falta de planejamento na administração do futebol e pela má campanha que assombrou o Cruzeiro no primeiro semestre deste ano.

Em situação critica, Gilvan de Pinho Tavares, optou por apostar no projeto de Luxemburgo e na confiança do treinador no novo diretor de futebol contratado, Isaías Tinoco. O trabalho do atual treinador ainda não convenceu o torcedor Cruzeirense, mas fica em aberto a esperança de um segundo semestre vitorioso, com melhores resultados no Brasileiro e a conquista do penta na Copa do Brasil.


Por João Augusto Drummond.
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