Não é novidade que o Cruzeiro
de 2015 vem tendo dificuldades em fazer gol. O time celeste para ou na má
pontaria de seus jogadores, ou no goleiro adversário inspirado. Hoje, pela 16ª
rodada do Campeonato Brasileiro, contra o Sport, o cenário se repetiu.
O time celeste foi a Ilha do
Retiro com mudanças nas laterais, meio e ataque. No meio, Vanderlei optou por
escalar três volantes. A grande preocupação era que o Cruzeiro jogasse retrancado
e perdesse velocidade, mas não foi o que aconteceu. Charles e Henrique se
mostraram bastante presentes no ataque, com o segundo inclusive tendo perdido
duas chances de gol claras. A marcação do time celeste estava forte e o Sport
só levou perigo ao gol num chute de Marlone, que Fábio foi buscar no canto
direito e numa furada de Fábio, que deixou a bola passar e foi salvo por Mena, ainda
no primeiro tempo.
Mayke voltou
a jogar bem. Longe ainda de ser o Mayke do bicampeonato brasileiro, mas cumpriu
bem suas funções defensivas. Mena melhorou bastante a lateral esquerda do
Cruzeiro e se deu bem nas jogadas com Alisson.
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Fotos: Anderson Stevens/Light Press |
No ataque, Vinícius Araújo e Marinho não foram bem. Marinho é um jogador de raça e explosão, mas nos últimos jogos, peca pelo individualismo. Jogadas simples, em que um passe para um jogador melhor posicionado ajudaria a quebrar a marcação adversária, Marinho opta por driblar ou chutar de longe. Vinícius ficou mais adiantado no ataque e, como o Cruzeiro carece de um meia de ligação, a bola não chegava redondinha para ele. Os dois foram substituídos no segundo tempo. Arrascaeta entrou no lugar de Marinho, aos dezoito minutos, e Leandro Damião entrou no lugar de Vinícius Araújo, aos trinta e um minutos. O uruguaio demonstrou volume de jogo nos minutos finais e Damião em nada se diferenciou de Vinícius Araújo.
O Cruzeiro
não jogou mal, mas não vai conseguir fazer milagres sem o meia de criação,
aquele cara que liga a defesa ao ataque e que cria as jogadas ofensivas. Em
alguns lances do jogo, a bola estava no campo ofensivo e era recuada até o
Fábio, justamente porque falta o meia para dar aquele passe refinado. Falta a
criatividade do time, um jogador para encontrar uma saída sempre que o time
precisar. A responsabilidade não pode cair toda em cima de Alisson, que é jovem
e de Arrascaeta, que ainda é instável.
Outra
coisa que melhorou foi a troca de passes. A Raposa colocou a bola no chão e não
abusou tanto dos lançamentos.
Com o
empate sem gols, o Cruzeiro está em 14ª na tabela, com uma diferença de apenas
4 pontos para a zona de rebaixamento. Luxemburgo conseguiu organizar o time
taticamente, agora só falta qualidade para encontrar o gol.
Escalações
Sport: Danilo Fernandes, Samuel Xavier, Durval, Matheus e Renê; Wendel (Samuel), Rithely, Régis (Hernane) e Diego Souza (Neto Moura); Marlone e André
Cruzeiro: Fábio, Mayke, Paulo André, Manoel e Mena, Willians, Henrique, Charles, Alisson (Marquinhos), Marinho (Arrascaeta) e Vinicíus Araújo (Leandro Damião)
POR CAROLINA CARLI
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