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ANÁLISE: Cruzeiro 0 x 0 Internacional

           Encerramos o primeiro turno da mesma forma que começamos: exibindo um futebol medíocre e preguiçoso. Está difícil acompanhar, semana após semana, essa apresentação pífia do time. O pior é ver o técnico não trabalhar para consertar os erros que são gritantes.

Imagem: Juarez Rodrigues/ EM DA PRESS

            Hoje, por exemplo, é só olhar as substituições que foram feitas. O grande problema do Cruzeiro continuava sendo a transição para o ataque. A bola não chegava nos pés dos atacantes de jeito nenhum. Ao invés de colocar outro meia para dar um pouco mais de velocidade ao time, ajudar na troca de passes e na criação das jogadas, o técnico coloca um volante que não jogava há quatro meses. Com Arrascaeta, Marcos Vinícius e Gabriel Xavier no banco, ele coloca um cara que chegou faz dez dias e que nem teve tempo de treinar com o time. Quer dizer, isso quando o time treina.

            A troca do Vinícius Araújo pelo Leandro Damião é pedra cantada também. Se a bola não está chegando no Vinícius, ela vai continuar não chegando no Damião. O problema maior é o meio-campo. É como querer começar uma obra pelo fim. Não vai dar certo nunca. E eu não vou nem comentar a insistência com o Marinho, porque chega a ser ridícula.

            O melhor em campo hoje foi Alisson. O garoto é a alma, o gás, a mente, praticamente tudo que o Cruzeiro tem. Mas, bato na mesma tecla: sozinho, não vai conseguir fazer muita coisa. Um time não pode ficar dependente de um jogador só. Seleção Brasileira está aí para provar.

            O Inter estava bastante fechado atrás. Ofensivamente, levou perigo ao gol do Cruzeiro poucas vezes. Os zagueiros não tiveram trabalho árduo, mas insisto que Paulo André não deve, nunca, ser titular. Lento, as vezes anda em campo, não acompanha as jogadas. Os zagueiros deveriam passar confiança e o Paulo André só faz a gente passar raiva e desgosto. Manoel parece ter se recuperado do último jogo e voltado ao normal.

            O Mayke quando a gente acha que está recuperando os seus dias de glória, ele faz uma lambança para mostrar que seu futebol está mortíssimo. Hoje quase fez um gol contra. A lateral esquerda, com a volta do Mena, melhorou. A maioria das subidas do Cruzeiro foi por ali e, assim como tinha acontecido no jogo contra o Sport, o chileno fez uma ótima parceria com o Alisson.

            Dos volantes, o único que tem se salvado é o Willians. Como é que a gente joga com três volantes, se não temos gente capacitada para isso? É complicado. Henrique anda meio apagado. Charles parece que se esforça para ser ruim. Nem quando ele quer, consegue produzir alguma coisa. Com pouca qualidade, não dá nem para falar que ele vai na base da força. Ele vai para as jogadas desengonçado. Willians foi bem e milagrosamente, ao invés de cometer muitas faltas, ele é que foi caçado é campo.

            No geral, foi mais do mesmo: bola recuada, lançamento, erros de passes bobos. Não dá para criar muitas expectativas com esse time. Mal treinado, displicente, sonolento... Se não houver mudança de postura, o segundo turno será tão difícil quanto o primeiro.

Quem segura o Cruzeiro somos nós, que independente do momento, estamos lá cantando e apoiando. Essa diretoria, esse treinador, esses jogadores, eles não merecem nada disso. Mas, não é por eles que nós gritamos. É pelo clube, pelo Cruzeiro. Sempre foi assim e sempre será. Que 2011 não se repita.  


POR CAROLINA CARLI
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