CONTOS ESTRELADOS: Bento Junior

Nessa sexta-feira, começa um novo quadro no CECportal, serão 11 contos, contados por torcedores e apaixonados pelo Cruzeiro. Onde irão falar de sua história de paixão pelo Cruzeiro e momentos marcantes nas vidas dos próprios.

Hoje, na estréia, o entrevistado foi Bento Junior, cruzeirense.

Confira:

Meu nome é Bento Paulino de Medeiros Júnior e tenho 43 anos, sou Cruzeirense e com muito orgulho! Esse amor incondicional não teve muita explicação,  veio de dentro surgiu como um vulcão em erupção, meu pai era flamenguista e sempre quis que eu fosse torcedor do seu time,  minha mãe torcedora do outro time de BH, então eu cresci assim, nesse meio sem ligação com o futebol.

Me lembro do primeiro jogo que fui ao Mineirão,  era o segundo jogo da final do Mineiro 84, tínhamos perdido o primeiro de 1 x 0 e meu irmão  (flamenguista )  veio do RJ para visitar a família e eu pedi para me levar no estádio. No caminho vi uma festa linda,  muita gente chegando de camisas , bandeiras. entramos e fomos de cadeira, na época a parte que ficamos era meio que misturado as torcidas.

Foto: Arquivo Pessoal

 Começou o jogo e eu olhava para torcida do Cruzeiro e comecei a arrepiar,  Carlinhos sabia e Carlos Alberto seixas por 2 x  cada me fizeram chorar de alegria , no fim estava eu comemorando meu primeiro título como torcedor . Naquela noite não consegui dormir, passava um filme na minha cabeça, estava maravilhado, os gritos da torcida nunca mais saíram da minha memória. Nasceu ali esse AMOR INCONDICIONAL!
   
 Os anos foram se passando e esse amor cada dia aumentava mais,  acompanhei o Cruzeiro em quase todos os estádios do Brasil, fui a Argentina na final da Supercopa contra o River, (primeira viagem internacional acompanhando o Cruzeiro) 

Foto: Arquivo Pessoal

A história que mais me marcou, foi no jogo da volta,  no Mineirão, Cruzeiro x River Plate, tínhamos que ganhar de 3 gols de diferença e conseguimos,  estava de geral e quando acabou o jogo parte da torcida invadia o gramado, não pensei duas vezes e pulei também, veio um sargento da PM e me segurou pelo braço, fiquei assustado, de repente ele abre o botão da farda e me mostra sorrindo a camisa do Cruzeiro por baixo me dizendo " vai garoto,  vai comemorar porque a gente merece, eu queria estar no seu lugar " e eu fui comemorar e nunca mais esqueci esta cena. 

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