Olá
Nação!
Na
coluna dessa semana vou começar a falar sobre as posições da diretoria para os
próximos anos, mais especificamente em relação ao ano de 2016.
Levando
em consideração o curto tempo desde que assumiu Bruno Vicintin, novo
vice-presidente de futebol do clube, toda a expectativa criada pela troca de
comando começou a satisfazer-se através das atuações dentro de campo e pela
consideração dos dirigentes com a torcida cruzeirense.
Desde
o começo do mês de setembro, depois de anunciada a mudança, foram três
vitórias, dois empates e apenas uma derrota, que totalizam 61% de aproveitamento
ao longo do mês, bem longe dos 20% obtidos durante o mês anterior.
O
comprometimento da equipe com a torcida contribuiu, foram três partidas no
Mineirão pelo Campeonato Brasileiro e ao todo pagaram ingresso 104.921 pessoas,
com uma média de pagantes de 34.973 por jogo. Espera-se contra o Coritiba no
domingo mais uma presença massiva do público.
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| Torcida do Cruzeiro (Foto: Tarcísio Badaró) |
Tudo
isso aponta o caminho para a salvação de uma queda para Série B, e desde que
não haja alguma recaída causada por novos fracassos, o ano de 2015 do Cruzeiro
se mostra como mais um daqueles anos considerados de entressafra.
Gente nova chegando.
A
contratação de Thiago Scuro como novo diretor de futebol, ao que tudo indica,
só falta ser confirmada oficialmente. O dirigente se encaixa bem no perfil buscado
pelo vice-presidente de futebol, de renovação e profissionalismo.
Scuro
é formado em Ciência do Esporte e tem especializações na área de Gestão e
marketing esportivo. É um nome da nova geração que chega respaldado por bons
trabalhos no Red Bull Brasil e no Audax.
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| Thiago Scuro (Foto: Divulgação) |
Também
foi contratado o analista de desempenho Rafael Vieira, que teve passagens por
Corinthians, Grêmio e seleção brasileira, as novas ações mostram que o Cruzeiro
moderniza o seu departamento de futebol, e busca equalizar o padrão de
qualidade em todas as áreas.
Análise do mercado e pensamento para
2016.
Se
o ano de 2015 ainda requer dedicação exclusiva, bons planejadores, em regra,
também entendem que o ano de 2016 começa a ser pensado agora.
Muitos
brasileiros têm noção da turbulência econômica atual e a dificuldade que se tem
para tomar ações sensatas e viáveis. Se antes a valorização do Real frente ao
Dólar refletia no futebol através de contratações bombásticas vindas da Europa
ou de clubes sul-americanos de destaque, a vertiginosa alta da moeda americana
reforça a ideia de que os clubes não devem gastar seus dólares por agora e, se
possível, tentar receber em dólar por seus atletas.
Sendo
assim, a lógica financeira indica que uma classificação para a Copa
Libertadores é de longe a melhor saída para gerar boas receitas no primeiro
semestre de 2016.
Ainda
que exista uma chance remota de entrar no torneio continental, é preciso
planejar o ano 2016 sem contar com a participação do clube celeste na
competição.
Desta
forma, o Cruzeiro precisa definir outras situações que lhe são possíveis, e a
principal, é claro, diz respeito ao elenco.
Elenco.
Mano
(Hetfield) Menezes já falou que o elenco do Cruzeiro está inchado, haja vista
que conta com mais de 40 jogadores na equipe principal, levando em consideração
também os atletas lesionados e excluindo os emprestados.
Quando
chegou, Bruno Vicintin descreveu uma conversa que teve com o treinador,
explicando que em sua lógica para montar a equipe a partir de agora, usaria os
jovens oriundos da base para compor o elenco e contrataria apenas jogadores
decisivos.
A
possível vinda de Scuro reafirma a impressão anterior, porque o executivo
trabalhava em clubes-empresas, e estes devem manter suas contas positivas.
É impossível
prever quais jogadores serão utilizados ou não pelo treinador, e fazer essa
avaliação agora implica no risco de desmotivar o elenco. Porém, alguns nomes não
foram utilizados durante esta temporada, logo podemos deduzir que não ficarão.
Riascos
é um nome interessante desta leva. Jogador que chegou do futebol mexicano por
um punhado (e que punhado!) de dólares, o colombiano ainda tem mercado na terra
da tequila. Mesmo tendo sido considerado um mau negócio no início do ano, a
valorização da moeda americana atrelada a uma boa venda pode fazer com que ele
renda lucro.
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| Riascos (Foto: Washington Alves / Lightpress) |
De
certa forma, é claro apenas que a situação do país não deixa possibilidade para
erros. Se existe uma crítica geral em relação ao trabalho de Alexandre Mattos,
foi o fato de contratar em excesso, sempre respaldado pelos acertos. O número
de contratados pelo ex-diretor chega a 40 nomes, alguns de qualidade técnica
bastante duvidosa e por quem o clube ainda paga dívidas até hoje.
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| Willian Magrão (Foto: Gil Leonardi) |
Logo
de cara o novo diretor precisa mostrar que sabe gastar pouco e bem, para
validar o que se espera do novo projeto do Cruzeiro. Existe uma leva de
jogadores com contratos expirando no final de 2015, e outra turma cujo contrato
vence na metade de 2016, assim pode chegar apenas negociando o valor do
contrato, sem precisar pagar a multa rescisória.
Podemos citar alguns
estrangeiros, Vangioni, Pisculichi, Leto e Álvaro Pereira cujos contratos
encerram no final do ano, limitando-se apenas ao futebol argentino. Mas como dito
anteriormente, a instabilidade do Dólar não deixa muita margem pra negociações,
e a busca deve ser feita com cuidado.
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| Leonel Vangioni (Foto: Reprodução Youtube) |
Definido
o esquema tático que irá usar e com quem contará ou não entre os seus, o
Cruzeiro terá muito pouca margem de erro para contratar ou dispensar jogadores
para 2016.
Ainda
teremos o jogo contra o Coritiba no domingo, e mesmo parando pra pensar que o
ano que vem se aproxima, é preciso entender que existem 11 rodadas e o time
necessita obter 4 vitórias para espantar de vez o fantasma do descenso. Continuemos
a apoiar em peso, Nação, e em breve voltaremos a pensar em títulos.
Semana que vem volto a tratar do tema do planejamento de 2016. Mas aí falaremos sobre as competições do próximo ano. Abraços. #CruzeiroTimeDoPovo






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