Momentos Celestes, a nova série de fim do ano do CECportal, mostra quais foram os momentos marcantes, difíceis, alegres, engraçados e superação no ano de 2015. Serão 5 textos durante a semana, não perca.
Momentos Celestes - Dificuldade
Momentos Celestes - Dificuldade
Um momento que não deve ser esquecido por nenhum Cruzeirense. Afinal, isso faz parte da história e da história nenhum Cruzeirense deve ter vergonha.
Quartas-de-final da Libertadores. Cruzeiro e River. Uma semana antes, os Guerreiros trouxeram um belo resultado da Argentina. 1x0 em cima do River Plate, gol de Marquinhos. O jogo de volta tinha tudo para dar certo. O Cruzeiro que já havia sido, no mesmo ano, eliminado do Mineiro e estava em decadência no Campeonato Brasileiro, mas tinha tudo para passar às semifinais da Libertadores. Estavam com a faca e o queijo na mão. Mas parecia que a faca não estava amolada.
Eu sou daqueles que respeita demais a história, mas não queria nem ouvir sobre freguesia ou algo do tipo. Entretanto, depois daquele resultado no Monumental – a melhor exibição no ano, sob o comando do Marcelo – não havia como esconder o otimismo de ninguém.
Desde o 1° minuto do jogo, o time já se mostrava apático. Dali várias pessoas já perceberam que não sairíamos de campo com a classificação. Logo, logo o River abre o placar com Sánchez aos 20 minutos do 1° tempo.
Depois de 25 minutos, nos acréscimos do primeiro tempo, saía o segundo com Maidana. O terceiro saiu depois do intervalo, aos 7 minutos com Téo Gutiérrez.
Depois de 25 minutos, nos acréscimos do primeiro tempo, saía o segundo com Maidana. O terceiro saiu depois do intervalo, aos 7 minutos com Téo Gutiérrez.
O jogo foi aquela partida que você sabe que tudo dava errado – desde o primeiro instante, com uma isolada do Willian de frente para o gol – quem assistia o jogo ao meu lado comentava, lance após outro, como estavam irreconhecíveis os zagueiros. Quando eu já preparava pra xingar o cidadão, o Manoel furava um corte na intermediária, deixava a defesa exposta e gol do River.
Eu torcia que primeiro tempo acabasse rápido e o Marcelo Oliveira mexesse com o ânimo do time no intervalo – como tinha feito algumas vezes em jogos do bicampeonato – mas não deu nem tempo. Foram dois erros na saída de bola da defesa, em sequência, o primeiro deixou Ponzio de frente para o gol e o argentino errou. O segundo rendeu um escanteio, que Rojas colocou na cabeça de Maidana e gol. Depois foi só a pá de cal com o terceiro gol do Gutiérrez.
O que aconteceu com o Cruzeiro naquela partida? Na verdade até hoje não sabemos o que aconteceu naquele dia 27/05. Ninguém consegue explicar. Palavras não bastam. Impossível entender.
Depois dessa eliminação o Marcelo Oliveira foi demitido, deixando o cargo para o "Pofexô" que, depois de arrasar o clube por dois meses, acabou passando o cargo para Mano Menezes que levantou o time e conseguiu recuperar alguns jogadores até o fim do campeonato. Não dá pra explicar o que aconteceu, se foi “salto alto” ou se foi o elenco mostrando que não tinha qualificação suficiente pra chegar tão longe. O final do torneio ali deixou escancarada a falta de planejamento da então diretoria. E acabou com a lua de mel da torcida com os bicampeões.
Por Jhulya Alves e Felipe Nunes
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